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A imagem mostra o logotipo da Eviation. Trata-se de uma placa de tráfego amarela com as bordas pretas. Dentro da placa há a inscrição Eviation, sendo que o e é amarelo dentro de um quadrado preto e as demais letras são pretas

Alfabeto Fonético Antigo

Origens do Alfabeto Fonético ICAO

O alfabeto fonético ICAO como usamos hoje passou por algumas mudanças ao longo do tempo. Fomos lá no passado ver como os pilotos se comunicavam. Em 1951 houve uma tentativa frustrada. Mas, finalmente, em 1956 chegou-se a um consenso.

Até 1.º de março de 1956, a aviação civil na Austrália usava o alfabeto fonético britânico. O mesmo que eles usaram amplamente durante os anos de guerra.
No entanto, uma das primeiras tarefas da nova ICAO foi desenvolver uma versão mais “internacional” do alfabeto fonético.

O fato é que havia fundadas reclamações de alguns países sul-americanos de que certos elementos do alfabeto fonético existente eram difíceis de pronunciar para pessoas de língua não-inglesa. 

Tecnicamente, um alfabeto ortográfico radio-telefônico tem vários nomes, incluindo alfabeto ortográfico da OTAN, alfabeto fonético ICAO e alfabeto ortográfico ICAO. O alfabeto fonético, assim como e o código de figuras da ITU, são uma variante de uso raro e que difere nas palavras-código dos dígitos.

O Alfabeto Ortográfico de Radio-telefonia Internacional, que conhecemos como alfabeto fonético da OTAN, é o conjunto de palavras de código claro que todas as companhias aéreas utilizam, obrigatoriamente, para comunicar as letras do alfabeto romano.

Saiba que existe, ainda, o Alfabeto Fonético Internacional, (IPA – International Phonetic Alphabet), que se trata de um sistema de concepção técnica, com base em 157 caracteres e é originário do alfabeto latino. Estes códigos representam, e padronizam, os sons falados. O IPA é usado por linguistas, fonoaudiólogos, professores de idioma, lexicólogos e tradutores. Está presente, principalmente, nos dicionários bilíngues.

Força Tarefa Internacional

Uma série de agências internacionais uniram forças para criar o código e atribuíram 26 palavras-código acrofonicamente às letras do alfabeto romano, determinando que as letras e os números fossem distinguíveis com facilidade uns dos outros por rádio e telefone, de modo a vencer as barreiras linguísticas e da qualidade da ligação.

Havia uma variação nas palavras-código específicas, dado que algumas palavras aparentemente distintas eram, de fato, ineficazes em condições da vida real.
A OTAN, então, modificou o atual conjunto de palavras-código usadas pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) em 1956. Esta modificação tornou-se naquela ocasião o padrão internacional quando a ICAO aceitou a modificação.

Em consequência, a União Internacional de Telecomunicações (UIT) também aceitou a modificação depois de algum tempo. A princípio, somente os falantes de inglês, francês e espanhol deverias acessar as palavras. Embora os alfabetos ortográficos sejam comumente chamados de “alfabetos fonéticos”, eles não se deve confundi-los com sistemas de transcrição fonética, como o Alfabeto Fonético Internacional (IPA), por exemplo.

Adoção Internacional - Alfabeto Fonético ICAO

Uma importante lista de organizações nacionais e internacionais adotaram as palavras-código recém desenvolvidas e aprovadas pela ICAO, entre elas estão:

  • União Internacional de Telecomunicações (ITU),
  • Organização Marítima Internacional (IMO),
  • Governo Federal dos Estados Unidos como “Padrão Federal 1037C”,
  • Aliança para Soluções da Indústria de Telecomunicações (ATIS Telecom) todos usando as grafias “Alpha” e “Juliet”,
  • Departamento de Defesa dos Estados Unidos,
  • Federal Aviation Administration (FAA),
  • União Internacional de Radioamadores (IARU)
  • Liga Americana de Retransmissão de Rádio (ARRL),
  • Associação de Oficiais de Comunicações de Segurança Pública Internacional (APCO), e por muitas organizações militares, como a OTAN e a agora extinta Organização do Tratado do Sudeste Asiático (SEATO).

Proposta do Alfabeto Fonético ICAO refutada (1951)

Em novembro de 1951, a ICAO propôs um novo alfabeto fonético, mas este também recebeu críticas e decidiram, por sua vez, realizar mais trabalhos para reduzir o número de vezes que ‘ah’ e ‘o’ eram usados.
Por consequência, surgiu esta proposta:

A imagem mostra o alfabeto fonético proposto pela icao em 1951

Alfabeto Fonético ICAO padronizado

É importante notar que este foi apenas um exemplo, e diferentes países e organizações tiveram as suas próprias variações. A falta de um alfabeto fonético padronizado em todo o mundo gerou confusão e ineficiências, especialmente nas comunicações internacionais. Assim sendo, ficava cada vez mais evidente a necessidade de se encontrar um modelo padronizado.

Mas em 1956, a Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) adotou oficialmente a versão atual do alfabeto fonético, conhecido como alfabeto fonético da ICAO ou alfabeto fonético da OTAN.
Finalmente uma força-tarefa desenvolveu este alfabeto padronizado para melhorar e esclarecer a comunicação entre controladores de tráfego aéreo e pilotos, reduzindo o risco de mal-entendidos de letras ou números, especialmente em transmissões de rádio.

Como era o alfabeto fonético ICAO antes de 1956?

Antes da adoção, em 1956, do alfabeto fonético que conhecemos hoje, várias versões eram usadas na aviação e na comunicação militar, e não havia um sistema padronizado globalmente. Ao passo que diferentes países e organizações tinham as suas próprias versões, levando a potenciais confusões e falhas de comunicação, especialmente no tráfego aéreo internacional.

A padronização seria uma questão prioritária para se resolver nas bases de uma força tarefa entre nações. A importância de se padronizar a fraseologia na aviação tem seu resumo na nassa matéria “Alfabeto Fonético.” Clique AQUI para ler a matéria na íntegra.

Alfabeto Able Baker

Anteriormente, um dos primeiros alfabetos fonéticos foi o alfabeto Able Baker, que os militares dos EUA usaram durante a Segunda Guerra Mundial. Este sistema atribuia palavras a cada letra para auxiliar na comunicação por rádio. No entanto, a falta de normalização nas diferentes regiões e organizações suscitou a necessidade de uma abordagem mais universal e consistente.

Alfabeto Fonético ICAO e a segurança

O alfabeto da ICAO atribui uma palavra única a cada letra do alfabeto para garantir clareza e evitar confusão, especialmente em situações em que a comunicação pode se comprometer devido a ruído de fundo, variações de sotaque ou, até mesmo, má qualidade de áudio. Por consequência, a adoção deste alfabeto fonético contribuiu efetivamente para a segurança e eficiência da comunicação aeronáutica em todo o mundo.

Reconhecendo a importância de um alfabeto fonético com padronização para a aviação internacional, a Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) tomou a iniciativa de desenvolver e implementar um sistema globalmente aceito. O resultado foi o alfabeto que, por último, se estabeleceu oficialmente em 1956, e está em vigor até hoje. Visite o site oficial da ICAO, clicando aqui.

A imagem mostra o alfabeto fonético usado pela icao até março de 1956

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Leia nossa matéria completa sobre o Alfabeto Fonético.

Rogério Brandão
Rogério Brandão
Artigos: 31

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