fbpx
A imagem mostra o logotipo da Eviation. Trata-se de uma placa de tráfego amarela com as bordas pretas. Dentro da placa há a inscrição Eviation, sendo que o e é amarelo dentro de um quadrado preto e as demais letras são pretas

Aviação de Resgate

Na esteira da mais recente crise diplomática internacional promovida logo após os ataques terroristas ao povo israelense, a aviação de resgate surgiu, repentinamente, como um processo logístico salvador. Cidadãos de diversas nacionalidades passaram a ser prioridade nos gabinetes diplomáticos em todo o mundo e, juntamente com as respectivas forças armadas, foram resgatados. Vamos ver, nesta matéria, como alguns países gerenciaram esta crise.

Aviação de Resgate. Navegando no caos

Em outubro de 2023 houve um esforço global para repatriar passageiros em Israel, acionando a aviação de resgate.

Acompanhamos as medidas diplomáticas e logísticas urgentes tomadas pelos países, enquanto governos e companhias aéreas trabalharam juntos para organizar voos de socorro especiais.

Esses voos garantiriam, portanto, o retorno seguro dos cidadãos em meio a tensões crescentes na região. Além disso, as empresas tiveram que administrar a crise e reequilibrar a oferta e a demanda.

Os passageiros precisaram, ainda assim, enfrentar os desafios de preços mais altos e as complexidades da operação de voos durante esses dias turbulentos.

Tentamos, todavia, entender a complexa dinâmica das evacuações repentinas em um mundo marcado pela capacidade limitada das companhias aéreas e pelas adequações exigidas das empresas e governos para proteger os cidadãos.

E a resposta foi, sem dúvida, a aviação de resgate. Esta força tarefa que sempre é convocada repentinamente e, definitivamente, resolve as demandas e administra as crises conforme treinamento.

Clique AQUI e leia esta interessante matéria sobre a origem da Aviação de Resgate

Companhias aéreas se adequando para promover a aviação de resgate

Em resposta à escalada da violência na sequência dos ataques de 07 de outubro de 2023 a Israel, governos e companhias aéreas correram para, resolutamente, organizar voos de resgate. Essas medidas eram para garantir que seus turistas e imigrantes regressassem, assim, em segurança.

Ao mesmo tempo, a indústria da aviação enfrentara uma preocupação crítica, relativamente, à cobertura de seguros.

A transportadora nacional de Israel, El Al, rapidamente, tomou medidas ao agendar 12 voos adicionais de e para vários destinos, incluindo Atenas, Roma, Madrid, Bucareste, Nova Iorque, Paris, Larnaca e Istambul.

Além disso, sua subsidiária de baixo custo, Sun Dor, estava organizando voos de resgate partindo, prioritariamente, de Istambul. A El Al já havia anunciado um voo adicional de Nova York e mais seis voos com conexão de e para Larnaca.

Esta resposta coincidiu com um aumento do número combinado de mortos, que já ultrapassara os 2.000 indivíduos, resultante dos ataques do fim-de-semana do grupo terrorista e dos conta-ataques de retaliação conduzidos pelas forças israelenses.

Empresas solidárias com a aviação de resgate

Numerosas companhias aéreas estrangeiras suspenderam, ou reduziram, os seus serviços, causando, assim, considerável incerteza entre os passageiros que procuravam partir ou chegar ao país.

Isto colocou, também, uma enorme pressão sobre os serviços consulares, que se debatiam, arduamente, com a crescente procura de assistência, com preferência, claro, pelos indivíduos que tinham familiares desaparecidos.

Para resolver esta situação, a comissão parlamentar de finanças de Israel anunciou, por fim, a sua intenção de discutir a autorização de garantias estatais para fornecer seguros contra riscos de guerra às companhias aéreas israelenses.

Esta mudança, contudo, ocorreu no momento em que as seguradoras afirmavam seu direito de rescindir a cobertura com apenas sete dias de antecedência. No entanto, os executivos das companhias aéreas relataram que certas formas de cobertura ainda estariam disponíveis.

Resgate
Helicóptero de Resgate da Holanda.

O resgate unindo forças internacionais

Num desenvolvimento extraordinário, o Ministro dos Negócios Estrangeiros checo, Jan Lipavsky, revelou que trouxe, pessoalmente, 34 cidadãos checos de Israel no seu avião governamental, quando regressava de uma conferência em Omã.

Lipavsky, o primeiro funcionário estrangeiro a visitar Israel desde os ataques, não descartara, na ocasião, a possibilidade de enviar outro voo de resgate para promover uma rápida repatriação.

A Dinamarca também se comprometera a evacuar os seus cidadãos e residentes permanentes em Israel e nos territórios palestinos ocupados após o ataque do Hamas. Um cargueiro militar C-130 Hercules estava, por essa razão, sendo preparado para seguir até Israel.

Em resposta à situação caótica, a El Al, com os seus sistemas anti-mísseis baseados em laser, ajudaram, naquela ocasião, numerosos passageiros israelenses afetados por cancelamentos de voos.

A companhia aérea aumentara os seus voos nos principais centros globais e estava empenhada em acomodar, em virtude disso, o maior número possível de passageiros.

Voos de Resgate

Vários governos estariam considerando, contudo, a possibilidade de organizar voos de resgate especializados para os seus cidadãos. Notavelmente, a Lufthansa programara voos dedicados para alguns dias a ser definidos, após negociações entre a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, e o CEO da Lufthansa, Carsten Spohr.

Além disso, a Norwegian Air, que suspendera temporariamente os seus serviços regulares de e para Israel até 19 de dezembro, estava tomando providências para um voo extra. Seria um voo de Tel Aviv para Oslo para repatriar cidadãos noruegueses, bem como, outros cidadãos nórdicos.

Por sua vez, a Emirates, com sede em Dubai, decidira reduzir as suas ligações diárias para Tel Aviv de três para uma vez por dia, citando considerações operacionais e enfatizando a segurança como a principal prioridade.

Entretanto, a Etihad Airways em Abu Dhabi retomara os seus serviços regulares e, ao mesmo tempo, manteve comunicação contínua com autoridades e fornecedores de inteligência de segurança, tendo em vista, porém, os voos de resgate.

Preços das passagens adequados à aviação de resgate

Os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein, por sua vez, estabeleceram laços diplomáticos com Israel em 2020. Esta foi uma mudança significativa em relação a décadas de política árabe que defendia a criação de um Estado palestino antes da normalização.

Estas relações diplomáticas permaneceram, contudo, intactas apesar do conflito em curso entre Israel e os palestinos. Ainda que os israelenses visitassem, cada vez mais, os Emirados Árabes.

Os viajantes enfrentavam despesas crescentes, especialmente quando saiam de Israel, embora as companhias aéreas, por sua vez, tenham refutado as alegações de preços inflacionados.

A El Al, por exemplo, manifestou o seu compromisso em manter as tarifas acessíveis para os reservistas que regressassem a Israel, com a tarifa mais elevada limitada a 900 dólares vindos dos Estados Unidos.

No entanto, os voos comerciais só de ida de Israel para destinos como Londres e Nova Iorque atingiram milhares de dólares à medida que as companhias aéreas reduziam os seus horários de voos.

Esta corrida por lugares disponíveis estava ocorrendo num contexto, sobretudo, de restrições de capacidade das companhias aéreas. Isso devido a perturbações na cadeia de abastecimento relacionadas com a crise global de 2020, com as tarifas transatlânticas, por vezes, ultrapassando as cotadas para voos que partem de Israel.

Repatriação de brasileiros

A primeira aeronave de resgate transportando 211 brasileiros de Israel pousou em Brasília às 4h10 do dia 11 de novembro.

O voo direto de Tel Aviv durou aproximadamente 14 horas antes de chegar à capital brasileira. A aviação de resgate brasileira estava inaugurando esse capítulo da sua notável história.

Do total, 107 passageiros desembarcaram em Brasília, enquanto os 104 restantes seguiram para o Rio de Janeiro em aviões da Força Aérea Brasileira.

O governo brasileiro, entretanto, mobilizou a repatriação desses indivíduos em resposta à escalada do confronto entre Israel e o grupo terrorista Hamas no Oriente Médio, iniciado no fim de semana anterior.

Quatro voos adicionais estavam, inicialmente, programados. Estes voos culminariam no domingo, dia 15, como parte da “Operação Retornando em Paz,” coordenada pelos Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores.

Nesta primeira fase, inicialmente, a estimativa é retirar 900 brasileiros que estavam em Israel e na Palestina.

O terceiro voo de repatriação seria realizado pelo C-390 Millennium, segundo informação das fontes governamentais.

Clique AQUI para conhecer o notável avião de resgate brasileiro.

Aviação de resgate
Foto: CARL DE SOUZA/AFP. Brasileiros repatriados chegando à base aérea do Galeão, Rio de Janeiro. 11 de outubro de 2023.

Aviação de resgate brasileira

O Ministério das Relações Exteriores compilou dados sobre aproximadamente 2.700 brasileiros ansiosos para deixar a região e retornar à sua terra natal.

A maioria destes indivíduos eram turistas, visitando Tel Aviv e Jerusalém, quando em 7 de outubro o grupo terrorista, que governa a Faixa de Gaza, lançou um ataque ao território israelense.

Isto foi seguido, então, por uma forte reação militar de Israel, que começou a bombardear a Faixa de Gaza.

Até aquele momento, o ministério havia confirmado a morte de dois brasileiros que estavam na região: Ranani Nidejelski Glazer e Bruna Valeanu, ambos de 24 anos.

Elas foram vítimas do ataque do terrorista a um festival de música eletrônica que acontecia no sul de Israel, próximo à Faixa de Gaza. Segundo a imprensa israelense, só este local registrara 260 vítimas.

Uma brasileira continuava desaparecida. Karla Stelzer, de 41 anos, morava em Israel há mais de uma década e, assim como Glazer e Valeanu, participavam da rave Universo Paralello.

O Ministério das Relações Exteriores estima que aproximadamente 14 mil brasileiros residiam em Israel, com mais 6 mil na Palestina.

Além disso, a região atraia uma infinidade de turistas brasileiros que a visitavam para diversos fins, incluindo peregrinações religiosas e participação em diversos eventos.

FONTE: Agência Brasil

Deixe sua opinião sobre aviação de resgate

Queremos saber de você sobre as operações que salvam vidas.
Comente e participe do nosso blog.

Rogério Brandão
Rogério Brandão
Artigos: 31

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *