Se você é apaixonado por aeronaves de última geração e pelo futuro das viagens aéreas, esta é uma leitura obrigatória. Veja aqui os detalhes fascinantes que permitem a Embraer E-Jet E2 produzir o jato mais eficiente da história recente, revolucionando a maneira como pensamos sobre as viagens aéreas.
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O Ressurgimento da Embraer
Embraer E-Jet E2 é uma família de aeronaves que representa o notável ressurgimento da Embraer no cenário mundial de jatos para a aviação comercial. Graças a adoção de inovações revolucionárias em redução de ruído, envergadura personalizada e eficiência de combustível que, surpreendentemente, catapultaram seus jatos para novos patamares de eficiência e desempenho.
A família Embraer E-Jet E2 reuniu fatores que impulsionam seu sucesso e o, inevitável, retorno para o seletivo mercado mundial da aviação. Se você é apaixonado por aeronaves de última geração e pelo futuro das viagens aéreas, esta é uma leitura obrigatória.
Embarque nos detalhes fascinantes que fazem da série E2 da Embraer os jatos mais eficientes da história recente, revolucionando a maneira como pensamos sobre as viagens aéreas. Mantenha-se informado e fique à frente no mundo dinâmico da aviação com nossa análise aprofundada. Não perca esta jornada pela mais recente história de sucesso da aviação brasileira!
Do ERJ à família Embraer E-Jet E2
A família Embraer E-Jet E2 é uma criação maravilhosa desta importante companhia brasileira. De fato, a maior empresa aeroespacial brasileira. No entanto, apesar de todas suas conquistas recentes, há uma área em que a série E-Jet E2 tem falhado: a sua carteira de encomendas.
Mas isto pode, no entanto, mudar mais cedo ou mais tarde porque a série E-Jet E2 supera os seus concorrentes num campo importante e está pronta para fazer um regresso fenomenal.
Então, o que mudou? Para entender isso precisamos voltar em 2002, quando a Embraer optou por construir um jato regional maior, depois de ver fortes vendas de sua família ERJ na década de 90, e decidiu, então, competir com a canadense Bombardier. Esta manobra levaria ao desenvolvimento e ao lançamento do jato de maior sucesso da Embraer até hoje: o E-175.
A Bombadier sai de cena
Avançando para 2013, a Embraer anunciou, no show aéreo de Paris, que iria construir um sucessor para seu bem-sucedido E-Jet. Este anúncio foi uma surpresa, já que o E-Jet ainda era relativamente jovem.
No entanto, a Embraer realmente não teve escolha, uma vez que, mais ou menos na mesma época, a Bombardier desenvolveu a Série C, o que aumentou a pressão do mercado para a Airbus desenvolver seu A320 Neo, no mesmo momento em que pressionou a Boeing a desenvolver a série 737 Max.
Essa grande reação em cadeia causada pela Bombardier resultou, eventualmente, na a saída da fabricante canadense do cenário da aviação comercial. Sua série C tornou-se, oportunamente, o Airbus A220 que todos conhecemos bem hoje e é uma das aeronaves mais vendidas da Airbus.
Mas como isso se relaciona com a Embraer?
Bem, o fato de a Airbus assumir a Série C da Bombardier e começar a produção do A220 forçou a Boeing e a Embraer a buscar uma fusão para criar sua própria frota de jatos regionais. Este movimento acabaria por criar o programa E2. Oficialmente chamado de Embraer E-Jet E2.
No entanto, essa fusão nunca aconteceu. Isso porque a Boeing abandonou o acordo com a Embraer no auge da pandemia, o que provavelmente foi causado pela crise do Max C, que resultou, consequentemente, na desistência da Boeing do acordo depois de sofrer mais de 1.000 cancelamentos de sua série Max.
Felizmente, a Embraer decidiu dar continuidade ao seu programa E2, que é muito mais do que uma simples reiteração do seu antecessor, o E-Jet. De fato, a Embraer intensificou seu esforço, aproveitou o sucesso do E1 e projetou o jato E2 para ser um verdadeiro campeão na categoria Jato Regional.
Asas personalizadas da família Embraer E-Jet E2
A Embraer optou por otimizar e melhorar o design de seu antecessor, o E-Jet. Ela se concentraria em dois elementos principais, tornando os jatos E2 mais silenciosos e eficientes do que qualquer concorrente na área. Isso mostra, para começar, que a Embraer manteve a mesma fuselagem, porém, melhorou os motores, trem de pouso e projetou novas asas. Sendo a mudança das asas a mais significativa e, também, uma das mais controversas.
A Embraer decidiu que cada modelo da família E2 teria seu próprio design de asa, o que é bastante único porque, para a maioria das famílias de aeronaves, as asas são, em princípio, padronizadas.
Mas a Embraer percebeu que era importante projetar a asa mais eficiente para cada membro da família E2, separadamente. Isso significa que o E2 possui três asas diferentes projetadas e otimizadas especificamente para cada aeronave da família.
A nova asa E2 tem a maior proporção de aspecto e são mais longas para o tamanho da aeronave em questão. Para colocar isso em perspectiva, o E-Jet da geração anterior, o E-195, por exemplo, tem envergadura de 94 pés e 3 polegadas. Sua contraparte E-195 E2 aprimorada tem envergadura de 115 pés e 2 polegadas, o que o torna significativamente maior.
Leia esta incrível matéria sobre as asas da família E2, clicando aqui.
Menor arrasto. Maior economia
Ao focar na melhoria dessas características, a Embraer produziu aquele que é provavelmente o jato mais ecologicamente correto até hoje.
Mas por que fazer todo esse esforço?
Bem, segundo a Embraer, as asas mais longas produzirão menor arrasto. E o arrasto gera ineficiência e ruído. Assim, ao aumentar a envergadura, eles obtiveram o melhor consumo de combustível possível para aquele tipo de aeronave. Foi uma mudança muito inteligente.
Eficiência no consumo de combustível
Mas eles não pararam por aí e também renovaram o motor. O E2 é movido por dois motores Pratt e Whitney PW1900G e, embora use os mesmos motores turbofan do Airbus A220, é muito mais eficiente em seu empuxo. Isso porque a Embraer se concentrou em otimizar seu projeto para que o empuxo exigido do motor seja menor, resultando em menor consumo de combustível e menos ruído.
Assim, embora o A220 possa voar mais longe, o E2 consegue uma melhor eficiência de combustível. O E2 apresenta uma melhoria de eficiência de combustível 17,5% superior à do seu antecessor: o E1. Esta é uma melhoria incrível e mostra a atenção da Embraer aos detalhes.
A família E1 Embraer E-Jet ainda tem demanda
Mas apesar dos excelentes recursos e avanços do E2, seus pedidos demoraram para superar as expectativas. Tudo estava em um ritmo mais lento do que os pedidos da família E1. E isso não é realmente uma surpresa quando olhamos um pouco mais de perto. A Embraer está em uma situação semelhante à da Airbus com o A330 CO e o A330 Neo.
Isso porque o modelo substituto, a família E2, entrou em cena antes do seu antecessor envelhecer. Mas não é só o fato de a fabricante brasileira de aeronaves estar enfrentando outros desafios que se somam à questão principal.
Eles estão lidando com a cláusula de escopo dos EUA que não permite que o E-175 E2, a versão atualizada de seu jato de maior sucesso, o E-175, opere nas companhias aéreas regionais dos EUA. De fato, isto é tão ruim que nenhuma unidade do modelo E175 E2 fora vendida. E parece que a aquisição deste avião está adiada até 2027.
Além disso, há o acordo de Joint Venture fracassado com a Boeing, que colocou a Embraer diretamente contra a Airbus. E depois, claro, houve a pandemia que reduziu o crescimento e as renovações da frota da companhia aérea.
Embraer E-Jet E2 virando o jogo
Não é nenhuma surpresa que o E2 tenha crescido lentamente. E é aqui que a história toma um rumo inesperado. Para entender isso, precisamos de ir ao terceiro aeroporto mais movimentado da Europa: o Aeroporto de Amsterdã. Trata-se de um centro logístico estratégico onde os aviões decolam e pousam com a precisão de um relógio.
Amsterdã é a casa da KLM Royal Dutch Airlines, que opera, portanto, a maioria dos slots. Agora imagine que a precisão tenha sido interrompida. O ritmo quebrado. Essa é a realidade que enfrentamos hoje, quando o aeroporto holandês é forçado pelo governo a reduzir os voos em surpreendentes 12% devido à poluição sonora e ao acordo climático.
Isto marca um ponto de mudança significativo no mundo da aviação, pois é a primeira vez que um governo força um grande aeroporto, como o de Amsterdã, a cortar voos.
Por que isso é relevante para o retorno do E2?
Bem, como você já sabe, o Embraer E-Jet E2 veio com atualizações tão eficientes que tornam a família E2 o jato “mais ecologicamente correto até hoje.”
A Embraer E-Jet E2 é pioneira no baixo nível de ruído
No entanto, há um campo importante em que ele realmente se destaca: sua operação silenciosa. Perceba que a poluição sonora se tornou uma das maiores queixas das comunidades locais que vivem perto dos aeroportos. À medida que mais aviões sobrevoam os céus e os níveis de ruído disparam, organizações como a ICAO (Organização da Aviação Civil Internacional) tornam a limitação do ruído das aeronaves uma questão de alta prioridade.
É por isso que existem regulamentos sobre ruído certificados por reguladores como a EASA (European Union Aviation Safety Agency – Agência da União Europeia para a Segurança da Aviação) e a FAA (Federal Aviation Administration – Administração da Aviação Federal), já divulgados.
Em 2008, os regulamentos sobre ruído estavam no capítulo quatro, exigindo que as aeronaves reduzissem seus níveis de ruído em 10 REPDB, que significa Ruído Efetivo Percebido em Decibéis. O E2 sempre esteve em conformidade com o capítulo 4, desde o início. No entanto, isso não foi suficiente para a Embraer.
Então, eles garantiram que seu modelo E2 estaria dentro das exigências regulamentares no futuro. Assim, quando o novo e atual padrão de ruído para novas aeronaves chegou até o capítulo 14, isso abalou um pouco as coisas ao exigir uma redução adicional de 7 REPDB. Mas acontece que o E2 já havia atendido os padrões de conformidade sem fazer nenhuma alteração no avião. A EASA e a FAA deram o seu selo de aprovação em agosto e outubro de 2020. Isso mostra o quão meticuloso foi o design do E2.
Silêncio e conforto para passageiros e tripulantes
E não para por aí. Por exemplo, ao trabalhar com suas maravilhas de engenharia, a Embraer conseguiu eliminar bem o ruído do trem de pouso, adicionando uma cobertura especial. E adivinha? Isto não só silenciou o E2, mas, como consequência, melhorou a sua aerodinâmica.
Graças à sua atenção aos detalhes, a Embraer realizou algo único no mercado de fuselagem narrow body. É “oficialmente” o jato de corredor único mais silencioso do mundo. Na verdade, o E2 é tão silencioso que os passageiros conseguem ouvir as conversas da tripulação.
Isso fica evidente quando comparado ao seu concorrente direto, a Airbus. Quando comparado com o Airbus A220-300, seu concorrente mais próximo, o E-195 E2 é 11% mais silencioso. A diferença fica ainda maior se compararmos o E-190 E2 com o A321. O E-190 E2 é 28% mais silencioso.
Embraer fazendo história
Mas, então, como um avião mais silencioso beneficia as companhias aéreas? Flexibilidade de opções. Aviões mais silenciosos abrem novas possibilidades para as companhias aéreas. Os aeroportos do centro da cidade podem ser convenientes para os passageiros, mas devem ter um controle de ruído rigoroso para não incomodar os que vivem nas redondezas.
Vejamos Londres, por exemplo, que introduziu um esquema de categorização de ruído de aeronaves em 2018 para limitar as aeronaves que voam para lá. E não vamos esquecer o Aeroporto de Amsterdã, cujo aeroporto foi obrigado pelo governo a cortar alguns voos por causa da poluição sonora e do acordo climático, conforme expusemos ali em cima.
Isso, enfim, nos leva a um ponto crucial, porque à medida que o mundo avança em direção a um lugar ambientalmente mais amigável, a indústria da aviação precisa se adaptar. Cada vez mais cidades e aeroportos imporão restrições, o que obrigará as companhias aéreas a procurar os jatos mais eficientes que existem.
A Embraer criou o avião mais eficiente do mundo até hoje. Será seguida, certamente, pelas grandes do mercado.
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