fbpx
A imagem mostra o logotipo da Eviation. Trata-se de uma placa de tráfego amarela com as bordas pretas. Dentro da placa há a inscrição Eviation, sendo que o e é amarelo dentro de um quadrado preto e as demais letras são pretas

Número das pistas. Quem define?

Designação é o termo técnico correto para expressar a numeração impressa na cabeceira das pistas dos aeroportos. Conheça um pouco mais sobre esse assunto quase desconhecido do público. Desde a compreensão da importância da orientação da pista até a decodificação das marcações, usadas no mundo da terminologia da aviação. Obtenha insights sobre como essas designações impactam as decolagens e aterrissagens, desvendando os segredos sob a pista. O número da pista é muito mais que um simples sinal de trânsito.

Número das pistas. Designação numérica

A designação numérica das pistas é um sistema padronizado baseado em rumos magnéticos, fornecendo um método, universalmente compreendido, para os pilotos identificarem e navegarem durante as operações de decolagem e pouso. A Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) estabelece, exclusivamente, estes padrões para o número das pistas em todo o mundo para garantir, assim, a consistência em todas as regiões do planeta.

Número das pistas. Direção magnética

As pistas recebem números com base em sua direção magnética, expressa em graus. Dessa maneira, o número das pistas indica aos pilotos a orientação para operar as decolagens e pousos. Eles ajustam os instrumentos de navegação baseados nestas informações magnéticas.
Vamos, primeiramente, considerar a orientação da Rosa dos Ventos. Os quatro pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste equivalem, em graus, a 360, 90, 180 e 270.

Rosa dos Ventos

Número das pistas

número das pistas de congonhas e guarulhos

Congonhas: 350 graus

A pista do Aeroporto de Congonhas foi construída na direção de 350 graus em relação à direção magnética do planeta. Portando, no sentido de quem vem de Santos e vai para o norte do país, por exemplo. Portanto, se o vento estiver soprando para o norte, os pousos e decolagens são direcionados, obrigatoriamente, pela torre de controle para o sentido oposto, ou seja 170 graus. Para efeito de comunicação, despreza-se o zero, ficando a designação das pistas como 17 ou 35. O mesmo vale para todos os aeroportos do mundo. 

Guarulhos: 280 graus

Em Guarulhos, as pistas são, respectivamente, 28 e 10. Nos aeroportos com duas ou mais pistas paralelas, que é o caso, há a necessidade de se identificar em quais das duas pistas se dará a operação. No caso de Congonhas, a torre orienta os pilotos da aviação geral, ou executiva a pousar na pista menor, a 17L (dezessete lima). Os pilotos das grandes companhias, ou seja, da aviação civil, pousam na pista maior, a 17R (dezessete romeu). Clique aqui e leia nosso artigo sobre alfabeto fonético!

Mas em uma linguagem simplificada, 17 Lima é a pista da esquerda. Dizemos Lima para indicar left, ou esquerdo em inglês. E Romeu de right, ou direito em inglês. Consequentemente, nos casos em que há uma terceira pista, dizemos Charlie para indicar a pista central.

Santos Dummond: 200 graus

pistas de santos dummont - sdu

Número das pistas. Designação técnica

Marcações de limite dos números da pista. (Threshold Markings)

Embora as pistas sejam apenas faixas de pavimento, os acessórios opcionais as dividem em três grandes categorias: pistas visuais, pistas de aproximação por instrumentos de não precisão e pistas por instrumentos de precisão.

Nas pistas visuais, no entanto, eles pintam a designação perto do início do pavimento. Já as pistas com aproximações por instrumentos, por sua vez, têm uma série de listras longas, largas e em negrito, que chamamos de marcações de soleira. Eles pintam estas listras entre o início da pista e os números.

Vale lembrar que, as pistas visuais usadas por aviões comerciais internacionais também possuem marcações de soleira.

Essas listras, por sua vez, marcam o início do espaço disponível para pouso. Bem, mais ou menos. As marcações de limiar começam 20 pés além do ponto inicial da superfície da pista utilizável para pousos. O número de listras que compõem a marcação geralmente indica a largura da pista. Quanto mais listras, mais larga será a pista.

O sistema de codificação começa com quatro faixas (duas de cada lado) para uma pista de 60 pés de largura e vai até 16 faixas para uma pista de 200 pés de largura. Às vezes, a primeira parte da pista não é apropriada para pouso. Mas pode, contudo, ser usada para decolagem ou para rolar após pousar na outra extremidade da pista.

Isso é chamado de cabeceira deslocada. As marcações de cabeceira deslocadas são listras centrais com pontas de seta brancas que, por fim, indicam o caminho para a cabeceira. Um conjunto de divisas com ponta de seta branca indica onde a cabeceira deslocada encontra a pista. Além das setas, eles pintam uma barra de soleira de pista de 10 pés de largura em toda a largura da pista onde a cabeceira, finalmente, encontra a pista.

Auxílio visual para pilotos

O número das pistas servem, acima de tudo, como auxílio visual para os pilotos durante a aproximação, especialmente em condições de baixa visibilidade. Conhecer a direção magnética ajuda os pilotos a alinhar a aeronave com a pista para um pouso seguro.

Mudança periódica

É importante notar que o campo magnético da Terra muda, com frequência, ao longo do tempo, levando a mudanças nas direções magnéticas. Eventualmente, as pistas podem ser renumeradas, sempre que necessário, para levar em conta essas mudanças.

Bússola

O Rumo Magnético é a direção que uma bússola aponta em direção ao pólo norte magnético da Terra. É o ângulo entre o norte verdadeiro (norte geográfico) e a direção para a qual, de fato, aponta a agulha da bússola.

Declinação magnética

A Terra tem um campo magnético com norte magnético não exatamente alinhado com o Pólo Norte geográfico. O ângulo entre o norte verdadeiro e o norte magnético é conhecido, tecnicamente, como declinação magnética. O rumo magnético é medido em graus leste ou oeste do norte verdadeiro.

Por exemplo, se a declinação magnética for de 10 graus para leste, um rumo magnético de 30 graus significaria que a bússola aponta 40 graus para leste do norte verdadeiro (30 graus + 10 graus de declinação).

Pilotos, navegadores e quaisquer outros exploradores que dependem da leitura da bússola devem, indiscutivelmente, levar em conta a declinação magnética para converter a direção magnética em direção verdadeira e vice-versa, garantindo, assim uma navegação precisa. O rumo magnético é essencial para tarefas como navegação de aeronaves, navegação de navios e navegação terrestre ao usar uma bússola magnética.

Siga neste link para ver uma representação visual da Declinação Magnética

Quantidade de pistas

Antigamente eram construídas três pistas, em forma de triângulo, para operações seguras em qualquer direção do vento, mas isso foi se tornando, com o tempo, impraticável, conforme aumentaram os voos.

No entanto, em algumas localidades onde a predominância do vento apontou duas opções, foi necessária a construção de duas pistas, consequentemente. Como é o caso do aeroporto de Varsóvia, na Polônia; em Portland, Melbourne na Austrália e, também, em Cape Town International na África do Sul.

pistas dos aeroportos

Queremos sua opinião sobre número das pistas!

Qual é a numeração das pistas do aeroporto da sua cidade?
Deixe aqui nos comentários e nos diga sobre qual assunto relacionado à aviação você gostaria de ler aqui. Forte abraço!

Rogério Brandão
Rogério Brandão
Artigos: 31

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *